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Não, minha filha não vai se chamar Rita, nem Carolina. Nem Roda-Viva. Talvez Sílvia, não sei. Temos ainda um mês para decidir e registrar no consulado, brasileirinha sim senhor.
Olha aí, pode dizer até que eu sou esse artista de projeção, mas deixa eu brincar de vez em quando. Três anos de vida pública cansam qualquer um, mas não quero que minha filha me encontre circunspecto. Afinal, ela é afilhada do Vinícius, há de ser minha amiga. É por isso que, à noite, sempre vou grudar o rosto no vidro do bercário. Ela é muito preguiçosa e dorme o tempo inteiro, rindo. Mas, quando abrir o olho, ela talvez me veja como vejo meu pai. Sabe duma coisa? Ela não vai ser filha de Chico Buarque nenhum. Eu é que vou ser pai dela.